A Paraíba vai contar com cinco parques solares até 2021 e a licitação para construção destes parques, que irão converter a luz solar e transformá-la em energia elétrica, já foi realizada. Todos os parques serão instalados no sertão, onde a incidência solar é uma das mais altas do mundo. As cidades de Coremas e Malta devem sediar a maior parte destes parques, que juntos terão capacidade para oferecer energia para cerca de 10 milhões de casas. Essa questão e outros assuntos relacionados à matriz energética brasileira foram temas de debates do II Fórum da Energia Solar e a II Conferência Regional da Sustentabilidade Ambiental- ESSA 2016 que aconteceu, semana passada, em Pombal.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da ALPB, Jeová Campos, participou do evento, no dia 18, na condição de debatedor do painel ‘Desafios e perspectivas para viabilização da energia solar no semiárido’. “O potencial de radiação solar que nós temos no sertão paraibano e que ainda é inexplorado é fantástico. Temos sol o ano inteiro, de segunda a segunda, e precisamos aproveitar isso que a natureza nos dá de graça. Os governos precisam se dar conta de que o sol é um parceiro na geração de energia que não pode mais ser desprezado”, disse Jeová, que defende o financiamento e políticas tributárias, como a desoneração do Imposto sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços(ICMS), para aquisição de placas fotovoltaicas.
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André da Nóbrega, falou sobre a incidência de raios solares na região Nordeste e reforçou que a região tem vantagens sobre a utilização da energia solar. “Nós temos o Brasil inteiro com grande atratividade para a energia solar. A região do semiárido nordestino, que envolve Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, é o grande vetor atrativo desta energia já que a incidência de raios solares no Nordeste é uma das mais altas do planeta e o sertão da Paraíba é ainda mais privilegiado neste aspecto. O que dificulta ainda a exploração deste recurso natural é o investimento na aquisição dos equipamentos, especialmente, das placas fotovoltaicas que são importadas, o que pode ser facilitado com o financiamento público e com políticas tributárias específicas”, disse André. Ele lembrou que diversos estados já aderiram ao convênio do CONFAZ onde não cobram ICMS pela produção de energia descentralizada, mas que o estado da Paraíba ainda não avançou nesse sentido.
Fonte: Maispatos / Assessoria
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