A crise econômica que o Brasil enfrenta nos últimos anos - e as consequentes taxas de desemprego - levou 4,1 milhões de brasileiros para a pobreza entre os anos de 2014 e 2015. Desse total, 1,4 milhão estão na extrema pobreza. Os dados fazem parte do Radar IDHM, estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE.
De acordo com o Ipea, os dados trazidos pelas PNADs mostram que houve redução na renda per capita da população brasileira, que passou de 803,36 reais em 2014 para 746,84 reais em 2015. "Os dados alertam para a necessidade de políticas públicas voltadas ao crescimento do emprego e da renda, sem deixar de lado o combate à desigualdade", afirma o relatório.
São consideradas pobres as pessoas com renda domiciliar per capita inferior a um quarto de salário mínimo. Para a extrema pobreza, é considerada renda domiciliar per capita inferior a 70 reais. A parcela da população considerada pobre vinha caindo desde 2011, quando estava em 12,41%. Em 2014, a fatia ficou em 8,10%, mas cresceu para 9,96% em 2015. Já porcentagem dos considerados extremamente pobres subiu de 3,01% para 3,63% no período.
O Índice de Gini do Brasil, que mede a concentração de renda, ficou estagnado em 0,52 de 2014 para 2015. O indicador varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país.
Fonte: CartaCapital
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