Ao menos 23 padres brasileiros, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entraram na disputa eleitoral de 2014, buscando uma vaga de deputado estadual, federal ou mesmo de governador, como é o caso do Padre Ton, candidato ao governo de Rondônia pelo PT. A Igreja Católica, no entanto, é contrária ao envolvimento de religiosos em atividades políticas e partidárias, segundo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e de acordo com decretos de várias dioceses pelo país.
"É o que determina o próprio Código de Direito Canônico, que rege a Igreja Católica", aponta Denilson Geraldo, professor da Faculdade de Teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), que cita as determinações do cano 287, parágrafo 2º: "Os clérigos não podem ter parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum."
O arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, publicou uma norma que determinou a suspensão do uso da ordem de todos os padres ligados a ele que estivessem envolvidos na política partidária. Com a medida, cinco religiosos da região -- Luiz Couto (PT), Padre Júnior (PT), Frei Anastácio (PT), Padre Cristiano Melo (PSOL) e Padre Gescione (PCdoB) -- ficam impedidos de celebrar os sacramentos, sobretudo missas e confissões, pelo período da campanha política ou durante todo o período de mandato para o qual tenham sido eleitos.
Fonte: UOL
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