A tecnologia social aplicada no semiárido do Nordeste, com a construção de cisternas pré-moldadas para captar água da chuva, pode ser uma solução para resolver o problema da falta de água em São Paulo. A avaliação é de especialistas no sistema, que acreditam que a reutilização da água será inevitável no futuro.
A partir desta segunda-feira (12), o R7 traz uma série de reportagens sobre a escassez de água no Nordeste e as alternativas que a região encontra para enfrentar o drama da falta d'água.Algumas cidades de São Paulo já sofrem com racionamento e o alerta agora é para a possível escassez hídrica durante a Copa do Mundo, que começa no próximo mês. Isso porque a principal fonte de abastecimento de água do Estado, o Sistema Cantareira, está com o nível abaixo de 10%.
Se a falta de chuva traz um problema novo para São Paulo, ela é antiga conhecida da população que vive no semiárido. Nessa região, que engloba nove Estados brasileiros, a estiagem dura até nove meses todos os anos e as famílias têm dificuldade de encontrar água para beber ou cozinhar.
Por isso, as famílias estão ganhando cisternas com capacidade de armazenar até 16 mil litros da água que cai do céu nos três meses chuvosos. É essa água captada da chuva que abastece as casas durante o resto do ano. Em São Paulo, a medida também pode ser usada para economizar água. O presidente da FBB (Fundação Banco do Brasil), Caetano Minchillo, avalia que se os grande prédios utilizassem sistemas de captação de chuva, muita água poderia ser reutilizada.
A FBB é um dos parceiros do governo federal para a construção de 750 mil cisternas no semiárido durante o governo Dilma Rousseff. A ASA (Articulação Semiárido Brasileiro), também é uma das entidades que atua no sistema. O investimento total gira em torno de R$ 2 bilhões e vai beneficiar 17% da população do semiárido.
Fonte: R7.com
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