Em um momento em que muito se tem falado sobre mudanças na Igreja Católica, em decorrência do vazamento de informações sobre desmandos no alto comando, nomes de fora da Europa passaram a ganhar força entre os cotados para suceder Bento XVI. O do cardeal brasileiro Odilo Scherer, líder da terceira maior arquidiocese do mundo, a de São Paulo, foi um dos mais citados nos últimos dias pelos chamados vaticanistas. Quais características colocaram o brasileiro na bolsa de apostas para a sucessão? Membro das mais seletas comissões do Vaticano, aquelas que cuidam dos cofres da Santa Sé, o brasileiro também tem a seu favor a idade - 63 anos -, o domínio de diversos idiomas e a afinidade com as linhas gerais consagradas pelo agora papa emérito.
“Conheço Dom Odilo de perto e venho acompanhando o destaque que seu nome tem ganhado internacionalmente. De fato, acredito que ele tem o perfil do papa de que o mundo atual precisa. Ele é conservador em pontos que a Igreja precisa defender, que fazem parte da sua tradição, mas também corajoso e até arrojado para enfrentar as questões atuais. É perspicaz e consegue entender de forma clara os problemas da Igreja e do mundo”, opina Valeriano Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP.
“Dom Odilo já trabalhou na Cúria do Vaticano e conhece de perto sua rotina e os cardeais que lá trabalham. Ele fala diferentes línguas, além de dirigir uma diocese enorme em um dos países com maior número de católicos do mundo. É um homem simples, que possui muitas das características que os cardeais parecem estar procurando”, acrescenta monsenhor Anthony Figueiredo, diretor do Instituto de Formação Teológica Contínua do North American College, em Roma.
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