O questionário da Prova Brasil 2011 apontou que 21% dos professores de educação básica leem livros às vezes e que 34% não tem o hábito da leitura. Isso representa que apenas 45% do corpo docente brasileiro tem a prática de ler. A educação básica compreende o ensino fundamental e o médio. As causas para isso são diversas, desde a formação precária do docente na graduação, até falta de tempo ocasionada pela dupla jornada e de incentivo do poder público.
Os especialistas apontam que a falta de valorização da leitura nos cursos de Pedagogia e licenciaturas ocasionam um ensino de baixa qualidade. Não há a inclusão da leitura como parte importante do desempenho profissional dos professores. A carreira desvalorizada não consegue atrair jovens com um bom histórico escolar.A grande parte dos docentes trabalha em dois, e até, três períodos para compensar os baixos salários. O tempo livre, a chamada hora-atividade na própria escola, geralmente é utilizado para preparação de aulas e correção de trabalhos e provas.
Os dados da pesquisa mostram a leitura de outros meios como jornal, com 63% de leitura frequente e revista com 65%. Porém, para o escritor Paulo Venturelli, a leitura fundamental na formação do professor é a literária, que possui um valor que não pode ser substituído. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2012, realizada pelo Instituto Pró-Livro e Ibope, exemplifica bem o papel do professor na influência da leitura para seus alunos: com 45%, aparece o professor como principal influenciador na leitura para crianças e jovens. A função de professor, nesse aspecto, é mais importante que a mãe, que aparece nessa pesquisa com 43%.A Prova Brasil, Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, é aplicada aos alunos do 5° ao 9° ano do ensino fundamental da Rede Pública de Ensino.
The Christian Post
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