O galpão é uma oficina mecânica adaptada como dormitório na Avenida José Moreira Filho, 136, no Nova Mogilar. Após ser questionado pelo jornal, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes, Suzano e Região (SintraMog) afirmou não ter conhecimento do problema, mas compareceu ao local ontem. “São condições desumanas. Eles precisam ser conduzidos até hotéis para que possam ficar hospedados em local limpo”, disse Josemar Bernardes, presidente da entidade.
Após visita, Bernardes constatou as irregularidades e o forte cheiro de esgoto no imóvel. Os funcionários foram contratados em várias cidades da Paraíba, como Imaculada e Maturéia, pela Nova Disa, a serviço da construtora PCON, responsável por construir a unidade mogiana do atacadista Makro, no Mogilar.
“Pegaram as nossas carteiras de trabalho quando chegamos, na sexta-feira, e até agora não devolveram”, contou um ajudante, de 23 anos.“São dois banheiros para 51 pessoas, um deles está sem funcionar”, disse outro funcionário, de 39 anos. Os homens pediram para que não fossem identificados. Desde que chegaram, após viagem de quatro dias dentro de um ônibus clandestino, os homens – com idades entre 18 e 49 anos - não receberam um centavo sequer. Funcionários das duas empresas estiveram no galpão para resolver a situação.Vinte e quatro trabalhadores foram conduzidos ontem à Pousada WG de Carvalho, na Rua Casarejos, no Mogilar, e outros 15 para a Morada Tokyo Plaza, na Rua José Malozze, no mesmo Bairro. O restante do grupo, com 12 homens, seria enviado a um alojamento mantido pela PCON em São José dos Campos, com trabalhadores que atuam em obras de um shopping.
O Diário
Nenhum comentário:
Postar um comentário