No cruzamento de informações do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), nenhum funcionário, mas, às vezes em cadastros como Bolsa Família, a identificação de um beneficiário que, ironicamente, acumula o status de proprietário de uma empresa que disputou licitação pública para oferecer serviços, bens ou materiais.
Diante desse painel traçado, o processo de licitação nos municípios se transformou no principal atrativo para quadrilhas especializadas e gestores corruptos desviarem recursos federais, especialmente, com a utilização de empresas de 'fachada' na Paraíba.
Dados do Tribunal de Contas da União na Paraíba revelam que de 2010 até este ano, 113 empresas foram relacionadas nas operações da Polícia Federal (PF) por indícios de serem de fachada.
Levando-se em consideração apenas a Operação Pão e Circo, deflagrada em 2012, a Polícia Federal chegou a 50 empresas de fachada que participaram de licitações voltadas para eventos culturais em vários municípios. Na ocasião, a PF descobriu um esquema montado para desviar recursos municipais, estaduais e federais por meio de empresas de fachada. Os recursos seriam destinados ao custeio de eventos festivos em vários municípios paraibanos. Apenas de recursos federais se verificou a movimentação de R$ 12,9 milhões liberados pelo Ministério do Turismo entre 2009 e 2011.
Fonte: Jornal da Paraíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário