O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual de Goiás moveram uma ação civil pública para liquidar as atividades das empresas Embrasystem e BBrasil Organizações e Métodos, responsáveis pelo sistema BBom. O negócio é mais um dentre tantos investigados em força-tarefa nacional pela prática de pirâmide financeira. Na ação, os procuradores também solicitam a reparação dos danos causados aos clientes que foram recrutados.
Em ação cautelar, no mês passado, os bens da empresa já haviam sido bloqueados e as atividades do grupo suspensas por decisão judicial. O patrimônio da BBom, que dizia negociar rastreadores de veículos, foi avaliado em mais de R$ 300 milhões.
Além desses dois pedidos, na ação civil pública, o Ministério Público pede que cessem, definitivamente, as condutas ilícitas de recrutamento de pessoas e captação de recursos em forma de pirâmide, bem como a venda de rastreadores e prestação de serviços de monitoramento de veículos sem autorização do Denatran.
“Apesar de ter vendido mais de um milhão de rastreadores, a empresa não adquiriu para a entrega sequer um décimo da quantidade do produto (de acordo com a principal fornecedora da BBom, foram importados apenas 69.114 rastreadores em 2013). Ao contrário, o grupo gastou mais de R$ 10 milhões em veículos de luxo das marcas Ferrari, Lamborghini e Mercedes, dentre outros, além de promover festas opulentas, e transferir cifras milionárias a contas pessoas do sócio João Francisco de Paulo e de outras pessoas”, analisam em nota os membros do Ministério Público, confirmando que o negócio é claramente um esquema de pirâmide financeira.
Fonte: Diário de Pernambuco
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